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"Quanto de você uma pessoa pode carregar? E quanto dela, fica em você?"

Os dias vão se passando e o relógio não pára para ninguém. Lembranças vem e vão. O que realmente fica na memória?

Já disseram uma vez – não sabendo eu quem foi, nem quando – que nossa vida é como um livro. No momento de nosso nascimento, ás páginas se encontram em branco. Crescemos, vivemos... Ás páginas passam a serem preenchidas.
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Ah sim... Dias de glória nós tivemos. Quem se lembra daquela competição de natação na escola que você venceu e que, por ter vencido, ganhou presente dos pais?! Ou será que já esqueceu daquela prova tão difícil, que você pensou que não iria passar, mas que com um sorriso de orelha a orelha, contemplou a nota máxima nela?!
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Para uns, o primeiro beijo foi mágico, para outros, nem tanto. Mas convenhamos... Nunca esqueceremos!
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Quando o primeiro filho nasce, você pode ficar tonto, mas outros irão desmaiar.
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O livro vai sendo escrito!
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Haverá aquelas páginas das quais, você pensa muito em arrancá-las, mas enxerga que fazendo isso perderá parte de você... Não será completo.
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No seu livro, datas, lugares, horários poderão te arrancar lágrimas dos olhos ou, sorriso dos lábios. Poderão lhe dar aperto no coração, ou, taquicardia.
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Porém, em algum momento, o seu coração parará. O tempo parecerá estar imóvel. Nesse momento, as lembranças fluirão como as torrentes de água de uma represa das quais as comportas foram abertas. Talvez você não consiga se conter. Sua cabeça gira, perde-se o chão. E enquanto chora, ri, bate palmas, aperta as mãos, limpa o suor, treme, seus olhos não conseguem se desviar de uma única imagem: A foto da pessoa que você mais ama.
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No livro de alguns a foto está sozinha. Nenhum escrito a sucede. Talvez o medo de adulterar sentimentos tão puros impeça de escrever uma letra sequer. De outros, a imagem com certeza estará em volta de rabiscos, palavras, declarações de amor, de exclamações de dúvidas. Tudo num misturado de sentimentos e lembranças doces; para quem olha de fora tudo pode parecer desconexo, porém, o autor reconhecerá o lugar que cada uma dessas sensações tem.
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Olhando para a foto, um pensamento volta a mente: “O quanto de mim essa pessoa carrega consigo? O quanto dela existe em mim?”
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Procuram-se as respostas. Pensa, pensa, pensa e, na sua busca por essas respostas, as páginas passadas de seu livro serão relidas.
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Lembranças de sua primeira conversa com a pessoa amada; o primeiro encontro de olhares; o primeiro toque na mão; deixam-te em êxtase. Reviver o primeiro beijo que vocês deram será mais encantador do que o encanto mais encantado lançado pelo encantador que lhe encantou pela pessoa que você ama.
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Ao olhar bem, perceberá que você fala igual sua pessoa amada, e que esta não fala mais como antes, pois fala como você falava. Os gestos não são mais os mesmos, e o olhar, ah o olhar, é estonteante.
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Os pensamentos são entendidos sem que uma só palavra precise ser dita.
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Relendo as páginas anteriores se lembrará das aventuras que vocês passaram juntos. Cada uma mais maquiavélica do que a outra. Lembrará daquelas desculpas que você usou para poder ficar perto de sua cara metade sem que ninguém notasse.
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Em uma das páginas que foram escritas mais recentemente do que as outras, você vai rir de forma apaixonada por causa da expressão: “Quando você me olha na frente dos outros, eu não resisto e desvio o olhar.”
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As páginas vão sendo lidas e tudo passa a ser revivido novamente. Cada sensação, cada sentimento, cada minuto...
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Você volta para a foto de seu amor. A imagem está lá... Rindo! Com os olhos brilhando. Que encanto...
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Uma frase sai sem querer de sua boca: “Como medir um ano numa vida?”
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Docemente, a imagem cria vida, e logo responde: “Meça em amor!”
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A imagem volta ao normal. “Como posso medir em amor, se a pessoa que eu amo está tão longe?” Você se pergunta.
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Derrepente, como que magicamente, uma bela música começa a tocar suavemente a sua volta e, nela, a resposta para sua pergunta: “Let your memories grow stronger and stronger ‘til they’re before your eyes”...
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Seu coração se acalma. Um sorriso é aberto. E enquanto a pena rabisca o papel, finalmente você responde a primeira pergunta: “O quanto de mim a pessoa que eu amo carrega consigo? O quanto dela existe em mim?”
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Escreveste por fim: “Tudo. Não existe mais ela; não existe mais eu, existe Nós.”



“You'll come back, when this over. No need to say good bye.”

Teísmo ou (A)teísmo?!




Duas forças opostas? Dois caminhos antagônicos? A guerra é antiga e os combatentes são atuais.


Desde que o ser humano se apercebeu de sua capacidade de pensar racionalmente, mitos, lendas e supertições foram postas em xeque, e seu real objetivo, questionado.


Fomos criados com faculdades mentais - pensamento lógico, auto estima, individualidade, memória verbal, casualidade, interatividade, temporalidade, idealismo e outras mais - que nos diferenciam dos demais seres vivos do planeta Terra.


Porém, junto com as faculdades mentais, fomos desenvolvendo com o passar dos tempos, questionamentos a cerca daquilo que nos rodeia, daquilo que não enxergamos e daquilo que ainda está por vir. E é nesse momento que tudo o que consideravamos como o principio elemental de todas as coisas, passou a ser analizado a partir de uma ótica inovadora e complexa: a Razão.


Nos momentos de florecimento da razão - seja com os filósofos gregos ou a partir dos filosofos do séc XVII a XIX - as pessoas viviam crendo fervorosamente ora em supertições, ora em doutrinas religiosas irracionalmente fundadas. Poderíamos dizer que tudo girava em torno do Teo (Deus) ou Teísmo (crença em Deus).


O Teísmo surge da capacidade do homem de procurar entender Deus. Ele toma para si um pressuposto para fundar seu novo conceito; considera como absoluto; passa a propagar a sua visão e, acredita quem quiser.


Acreditar nesses '''absolutos'' e passar a propagá-los como verdade dependerá da fé que o religioso devota a sua causa. E com a fé ele comprovará a existência d seu deus e a veracidade de sua doutrina.


Essa visão Teísta entrará em conflito com o Ateísmo. Propagando que é irracional acreditar em Deus, o ateu simplesmente declará que Deus não existe. Este, devotando a sua fé na não-existência de Deus, era disseminar o seu absoluto, e dirá firmemente possuir provas da não existencia do Divino. Para isso, o ateu usará as características negativas presentes nas religiões de modo geral - fanatismo, hipocrisia, crimes em nome de Deus, exploração dos fiéis - e também a razão, ou pseudo razão.


Contudo, se formos usar realmente a razão, perceberemos que tanto o Teísmo como o Ateísmo possuem pontos em comum, se não são a mesma coisa.


O teísta não consegue explicar a existência de Deus, a não ser por sua fé. O ateu não consegue comprovar a não-existencia de Deus, a não ser por sua fé. O teísta diz crer em Deus por revelação deste Divino a ele mesmo, o ateu, crê na não-existencia de Deus por revelação(percepção) da sua razão.


Teísmo e Ateísmo pode parecer, superficialmente, antagônicos, mas em suma, são a mesma postura filosófica. A fé dos dois é posta em ''objetos'' diferentes, mas não deixa de ser fé. Por isso, precisam serem respeitadas!


Um religioso tentando comprovar a existencia de Deus a um ateu é ignorância. O ateu tentando convencer o teísta da não-existencia de Deus é estupidez. Todos os dois irão achar que tem provas o suficientes para basear seus argumentos, quando de fato não o tem.


Pensando dessa forma, aprende-mos uma licão deixada por Cristo: "Bem aventurados os humildes de espírito...". Quando reconhecemos que Ateísmo e Teísmo são dois lados da mesma moeda, o religioso aprende sobre a humildade ao reconhecer no ateu uma pessoa digna e inteligente e, não ''endemoniada''. E o ateu aprende sobre a humildade ao enxergar o teísta não como um ignorante acadêmico, mas uma pessoa de equilíbrio e fé como ele, salva as excessões.


No ínico do título o "A" de Ateísmo está entre parêntese. Foi de propósito, já que em última análise, teísmo e Ateísmo são irmãos gêmeos.




"O conhecimento próprio leva-nos como pela mão à humildade." (Josemaría Escrivá)

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