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Da ansiedade


Niterói, 03 de dezembro de 2012

Impaciente espero uma pessoa que compartilhará comigo a solidão de uma existência. Sofro por esperar alguém que em breve estará ao meu lado, falando ao meu ouvido palavras de carinho, afagando docemente meu cabelo. Dói-me espera-la. Machuca-me, sobretudo, o fim deste amor: por indiferença, pelas brigas, simplesmente, pelo esfriamento, ou, puramente, pela morte. Leve poucos meses, leve longos anos: o amor é mortal por ser mortal seu hospedeiro.

Apesar das dores, espero. Levará um mês, ou, alguns anos... Quem sabe não venha!

Fico a escrever, pois sou ansioso e odeio esperar...

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