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Uma boa dose de teologia na veia causa excitação, tira o cabresto, arranca as vendas do fundamentalismo dogmático e ensina-nos a procurar a sinceridade existencial.


Pensar teologicamente é observar uma das expressões mais usadas em nossos dias: Pós-Modernidade.


Pobre Era... Injustiçando-a, cuspimos em sua cara, zombamos de seus discursos, ridicularizamos suas vestimentas. Contudo, com um andar altivo, caminhamos pela história nos cobrindo com seus belos trajes.


Não sejamos hipócritas: abominamos esta presente Era acusando-a de patrocinar relacionamentos superficiais, incitar a violência e a prostituição; atentar contra a pura fé; secularizar os dogmas e, relativizar as verdades. Leia-se: Protestantes, não sejamos hipócritas.


Domingo após domingo bradamos do púlpito palavras de ódio contra a Pós-Modernidade. Afirmamos não ser o modelo apregoado por Jesus nos Evangelhos – e de fato não é -, porém, transportando para a prática, é como se pregássemos contra nós mesmos.


Dizemo-nos filhos da radical Reforma Protestante, lutando junto com nosso querido monge barrigudo entornador das boas cervejas de Wittenberg – Lutero – pelo livre exame das Escrituras e da prática do Sacerdócio Universal, não satisfeitos com a política pós-moderna medievalista praticada por Roma.


Só temos nome...


Entenda-me: Pós-Modernidade é medievalismo; medievalismo em quase sua totalidade é platonismo; platonismo é imposição, é “goela-abaixo”, falta de olhar crítico, é “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.


Querido Protestante, hoje em dia não levamos em conta a realidade, mas sim o que queremos que sejam ou que façam: isso é domínio Católico Apostólico Romano; não criticamos os sistemas como bons filhos da reforma que dizemos ser, mas pelo contrário, engolimos o que nos é “ministrado” (abre aspas e fecha aspas), dando-nos por convencidos quando um pregador diz para sermos como os “Bereanos” e analisar suas palavras: isso é manipulação, é medievalismo, é pós-modernidade. Olha ela aí mais uma vez... Nossa injustiçada e fétida Era...


Arranquemos a roupagem esteticamente bela de nosso Cristianismo Protestante, olhemo-nos diante do espelho: Somos os bons e velhos Católicos de antes, hipócritas, diferente de nossos irmãos romanos, mas ainda sim, católicos.


Pobre Lutero, sua Reforma foi sincera até o momento em que fundaste sua própria igreja.
Os ideais mais sublimes da reforma deram lugar ao Obscurantismo pregado por Roma ao ser colocada a pedra fundamental da primeira igreja protestante pós-moderna.


Livre-exame das Escrituras? É uma realidade distante de nossas instituições. “Aceite o que eu prego e assim você será aceito por Deus”. Ultraje...


Sacerdócio Universal? “Como as ovelhinhas branquinhas, burrinhas, surdinhas, ceguinhas vão saber se achegar a Deus?”, precisamos de “sacerdotes” para nos ajudar!


Sola Fide? É difícil de acreditar nessa, uma vez que uma fé fora dos padrões normatizados pela instituição será considerada contrária a Deus; taxada como abominação.


Sola Sciptura? A escritura interpreta a própria escritura. Porém, com o passar dos anos será abandonada essa visão, passando a ser: o que eu acho que a escritura diz.


Sola Gratia? Essa daqui não é praticada, permanecendo no papel, já que com práticas afirmamos que quem não se propuser a participar de todas as programações eclesiástica, de todas as eucaristias, não se enquadrar em todos os dogmas, não será alvo da “Gratia di Deo”.
Bem vindo a Pseudo Reforma, querido Protestante...


O que nos diferencia de nossos legítimos irmãos católicos, é a sinceridade deles ao reconhecerem, aceitarem e respeitarem o domínio espiritual, doutrinário, dogmático, platônico, manipulador e indecente do Papa. Já nós, dizemos não haver mediador entre Deus e o homem a não ser Jesus, porém, temos medo de desmistificar a figura quase divina de nosso líder eclesiástico; duvidamos da veracidade da nossa salvação se ela não se enquadrar nos dogmas doutrinários de nossa instituição e se pensarmos diferentemente da “declaração de fé”.


De reformadores não temos nada, estamos mais para repetidores. Na declaração doutrinária dizemos sermos filhos da Revolução religiosa do séc XVI, mas continuamos a viver na revolução de Constantino ocorrida no séc IV.


Deixe que coloquem um cabresto em sua boca, uma viseira em seus olhos, ferradura nos pés e seja feliz puxando charrete do fundamentalismo religioso.


Bem vindo à nossa bela Reforma. Bem vindo ao Catolicismo Apostólico Romano...


Que Deus tenha misericórdia de nós... Protestantes!!!


Alan B. Buchard


As minhas palavras estão carregadas de paixão e de tristeza. Sou um misto de força e de fraqueza; de excitação e de marasmo; de sorrisos e de lágrimas; de louvor e de lamento.

Acima de tudo, sou uma confusão de mim mesmo...

Alguns poderão ler lamúria e não entender o que digo, mas quem, como eu, se sente cansado de ir a luta; de dar a cara a bater; de cerrar os punhos; de dar urros de guerra; de ver adversários caindo aos seus pés e, desesperançoso enxergar outros muitos vindo disparatados em sua direção; de andar horas a fio no deserto sem nem um só gole de água tomar; de dar saltos no escuro; de tentar entender as pessoas; de se perguntar o por que de a vida ser tão difícil; encontrará em mim um companheiro de aflição.

A força que eu tenho feito é descomunal. Pode não transparecer, mas assim que eu te contar, você talvez concorde...

Tenho arrancado força de onde ela já deixou de existir em momentos anteriores; tentado desconfundir o confuso.

Todas as minhas palavras me escapam sem fazer algum nexo, contudo, nesse caos, a ordem é produzida.

Eu estou apostando no paradoxo; jogo minhas moedas no poço da incerteza; espero pela esperança.

Esse ciclo, volto a dizer, me deixa fatigado...

Entenda minha maior luta: Entender o compreensível!

Compreendo que o desfecho de minha vida não é por minha conta, só não entendo o porquê de ela escapar por entre meus dedos...

Compreendo que o que está para acontecer, acontecerá idependente de minha força de vontade para mudar, porém, por que é tão doloroso entender isso?

Compreendo que devo tapar meus ouvidos para aqueles que covardemente me violentam com seus discursos fundamentalista, sem nem praticarem um pouco sequer de compaixão, contudo, não entendo como os ecos simplesmente não desaparecem de minha mente...

Compreendo que a vida é vivida por mim, não obstante, não me entendo quando pego-me cogitando a vida que acham que devo viver...

Ah meu amor...Me ajude em minha contradição! Mostre-me que não sou o único...

O seu fardo será o meu alívio!

Como você bem sabe...Sou de carne e osso! O ferro que há em mim, há muito foi consumido pela ferrugem...Só restou minha carne.

Sou um herói e um bandido...Um filho e um bastardo! O paradoxo...

Por favor, não me diga que estou sozinho...Que sou o único...

Sim, eu sei... Suas mãos também estão cansadas de lutar!

Não, não te deixarei sozinho...

O meu fardo é o seu alívio.

Não entendo que loucura é essa que vocês está fazendo... Acaso não enxergas que será uma luta após a outra? Você me conforta: Agora sei que não estou sozinho...

Por que tapas seus ouvidos? Cansaste de ouvir os soantes ecos do fundamentalismo?! Somos parecidos...

Fizeste um pedido ao lançar sua moeda ao poço da incerteza? Pensou o mesmo que eu...

Para mim, você é o bandido e o herói; o bastardo e o filho. Você é o paradoxo; a confusão!

Sim, agora eu estou conseguindo enxergar. Em seu lamento encontrei consolo; na sua aflição, a calmaria.

A mão que segura a espada já não está mais sozinha; os pés vacilantes encontraram companhia; o salto no escuro já não atemoriza tanto...

Junto comigo, somos a incerteza e o certo; a força e a fraqueza; o choro e o riso; a reprovação e a aceitação; a dor agora, o gozo depois.

Junto comigo somos Real.

Juntos somos Eu e Você.

Juntos somos Nós...

Somos um, o AmoR!


...







“Por que tenho medo de dançar, eu que amo a música e o ritmo e a graça e a canção e o riso? Por que tenho medo de viver, eu que amo a vida e a beleza da carne e as cores vivas da terra e o céu e o mar? Por que tenho medo de amar, eu que amo o amor?” (Eugene O’Neill)

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