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Da tormenta

UFF, 31 de maio de 2010


Na copa das árvores, as folhas gritam. É o vento que traz a elas o flagelo. Esse farfalhar, suas vozes ressonantes, é ensurdecedor, e parece que não cessará breve. A tempestade é anunciada nesse canto!

O céu pôs sua máscara de tormento. O cinza com que veste o rosto é um mau-presságio: previsão de dias nefastos. Do alto de sua cabeça, ventos cruéis saem de sua boca, fazendo com que as árvores à beira-mar lamentem o porvir.

O mar, aos pés das árvores também estão a pressentir o início da tormenta. O poderoso oceano está inquieto: seus braços, as ondas, se agitam ao longo de toda sua extensão para com violência arrebentar na costa das praias com estrondo e espuma.

As gaivotas estão silenciosas: reverenciam o momento que chega! Suas longas asas não se abrem em belo vôo, mas se fecham para não profanar o culto que todas as criaturas prestam ao céu, senhor dos ventos!

Nós, homens mortais de mente limitada, observamos com espanto a tempestade que se forma! Nosso coração pesa com o imaginar de um futuro em ruínas. Os deuses possivelmente estão a castigar os homens por seus sacrilégios. Se não, Gaia, nossa mãe Terra, está a infligir à nós, filhos bastardos, a destruição que há muito rogamos à ela.

1 Comment:

  1. Willian Lizardo said...
    Tah gentennn...Toda honra seja dada a mim, eu mereço mesmo...!
    HUHU...brincadeirinha maninhu!

    Mas o que eh bom - é bom que seja compartilhado - e que a obra J. Austen continue movendo corações.

    Amuteeee negu!

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