Niterói, 28 de agosto de 2011
Há quem consiga mentir. Eu não.
Não que seja o mais verdadeiro de todos os homens. Eu simplesmente não sei mentir “direito”.
O ditado passado de avó à neto “mentira tem perna curta” se aplica necessariamente a mim. Posso dizer que não tenho a melhor memória do mundo, e, enquanto se mente, é bom que a memória seja memória de elefante. Dúvidas de que minhas mentiras realmente têm pernas curtas?
Não que também eu nasci para a verdade, sendo a verdade é um valor divino ou um imperativo categórico. Eu apenas nasci com pouca memória.
Ou talvez, nasci com uma predisposição de ter prazer no desvelamento das verdades que encubro.
O que Freud falaria disso?