Que muitos são culpados pelos atos de poucos já não é novidade. Basta enxergar o semblante de injustiça de um árabe que é preso por ser parecido com um terrorista; ou um alemão que vive no Brasil ser xingado de nazista.
De qualquer forma, parece ser costume do homem culpar outros por suas mazelas. Seja na Antiguidade, seja na Era Pós-Moderna.
Confesso que sabia que o mundo era assim - já que eu muitas vezes coloquei culpa em outros -, mas fiquei surpreso ao ver pessoas próximas afirmarem que a causa de suas lágrimas, dor, doença, insônia e luto ter causa em minha felicidade.
Golpe baixo, drama, chantagem emocional. Os sinônimos são diversos, mas só há uma única razão para isso: mentes racalquadas que se tornam vítimas de seus próprios recalques.
Vejo que muita gente que querendo suprimir ou mudar a realidade cria e trás para si doenças que pensam ser originadas em outras pessoas, quando na verdade que faz o corpo padecer é a própria pessoa ao construir seus absolutos, e ao pesar que não podem mudar de opinião.
Infelizmente essas pessoas são vítimas de si mesmas. E contudo, não enxergam quem é o verdadeiro causador de seu mal. Vivem e viverão à mercer de seu engano, sempre culpando poucos pelo desagrado de muitos.
E a menos que reformulem seus absolutos e crendices, o achismo, a fé, o requalque, serão maiores que o amor incondicional, que a paz, que a saúde, que o relacionamento sincero.