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Eu e a Bíblia


Percebo que há um número crescente de pessoas que vêm acompanhando minhas postagens e, consequentemente, minhas responsabilidades para com o leitor também vêm crescendo.

Nesse momento o assunto é Bíblia. Escrituras Sagradas, regra de fé e prática, palavra de Deus, revelação, ou seja lá qual for o nome, a Bíblia com toda a certeza moldou o mundo Ocidental em seus costumes, filosofia, cotidiano, religião, espiritualidade, de certa forma, a cultura em geral.

Para que se entenda o mundo que vivemos hoje, é indispensável que os estudiosos da sociedade, política, economia e ciência, se debrucem sobre seus textos, caso contrário, suas leituras podem estar equivocadas.

No que tange minha vida pessoal, a Bíblia é um livro que desempenha papel formador de minha cosmovisão e de minhas atitudes. Já que a herdei de minha família, é de se esperar que nasci e cresci em seus preceitos, princípios e doutrinas. Nela me tornei leitor confessional e dela tirei lições preciosíssimas, sendo somente aquele que assim procede, é que compreende a sua utilidade.

Ademais, na nova fase que se iniciou em mim, precisava deixar de lado a confessionalidade, e partir em busca de estudos aprofundados das sagradas escrituras. Estudo nas áreas históricas, epistemológicas, literárias, filosóficas, morfológicas, e linguísticas.

Portanto, posso dizer que no presente momento, onde meus estudos nessas áreas estão paralisados, não faço mais classificação e/ou apologias à algo que está dentro dela, mas que possui relação externa, tendo como exemplo à questão da orientaçaõ sexual. Sendo que não me utilizei dela para basificar determinada atitude, e sim dela mostrei as várias correntes de pensamentos e opinião.

Em suma, para quem não entendeu, não tenho pretensão em criar um novo cristianismo usando a bíblia (afinal, já existem muitos, e até demais), o que faço hoje é evidênciar as formas que os mantenedores da religião procedem em um determinado assunto, como a homoafetividade, e não procedem da mesma forma em assuntos menos polêmicos. À exemplo: condenação à homoafetividade usando Levítico (Lev 20,13), e a falta de condenação àqueles que comem carne de boi ou porco "ao ponto", ou seja, com sangue (Lev 19,26) e à não condenação de quem corta os cabelos ou barbas (Lev 19,27).

Por fim, minha intenção não é, nem nunca será, usar da bíblia como apologia, e sim mostrar as discrepâncias, o "dois pesos e duas medidas" daqueles que querem porque querem manter, manipular, alienar as pessoas por conta de um sistema, de um emprego, ou de um poder.

À todos: Pense com autonomia.

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