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Da apologética

Niterói, 27 de Janeiro de 2010


Não raro apanho-me em confusão. Se por um lado considero não haver a necessidade de elaborar uma defesa em meu favor, por outro não consigo não deixar de observar, e além, de imaginar que as pessoas que lêem meus escritos, constantemente, criam uma imagem distorcida sobre mim, seja pela incapacidade de interpretação de minhas palavras, seja pela precipitação de concluir um assunto sobre qual não coloquei um ponto final. Sendo assim, elaborei mais este post.
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Muitos podem achar que, devido ao que escrevo abaixo, estou beirando ao ateísmo. Minha postura de iconoclastia, somada à criticidade leva muitos a pensar que tudo o que é metafísico ou não empírico, por mim deva ser considerado falso, ou no mínimo, inexistente. Tal erro é grave.
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Posso me gabar que contenho em mim uma centelha de misticidade. O que, apesar de confiar no meu intelecto, me leva a confessar que este não possui resposta a todas as perguntas. Além de, tampouco, eu poder fechar os meus olhos para aquilo que é chamado de interferências sobre-naturais.
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Se existe um absoluto deva ser que se nossa mente é limitada a nós mesmo, e o que não possui relações com os sentidos não pode ser alvo de nenhum estudo empírico. Por isso, concordo piamente com Shakespeare, quando este diz em Hamlet: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que pensa nossa vã filosofia.

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