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Das imagens distorcidas

Niterói, 28 de Janeiro de 2010



"Nem tudo o que é ouro fulgura,
Nem todo vagante é vadio;
O velho que é forte perdura,
Raiz funda não sofre frio."

John Ronald Ruel Tokien escreveu esses versos em sua Trilogia, O Senhor dos Anéis. E esses versos captam a essência desse post. De todos os sentidos humanos, a visão que percebe tudo a sua volta é responsável pelas primeiras impressões, e, constantemente, a responsável pela formação dos primeiros aspectos de nossa cosmovisão. Dos relacionamentos pessoais à mídia, a visão é responsável pelo êxito e pelo consumo.

Contudo, até onde o que se vê é o que realmente parece ser? Até onde o que os olhos vêem, ou pensam que vêem, corresponde a existência de algo ou de um ser? Na era onde a primeira impressão é sinônimo de pré-conceito aqueles que são diferentes, não-convencionais e, nada ortodoxos, se tornam a minoria, a escória, vítimas dos poderosos, da maioria, do sistema que esmaga, ridiculariza e dizima estes que são tão pequenos.

No mundo onde o parecer precede o ser, as imagens das pessoas diferentes como os heavy-metal, os emos, as prostitutas, os negros, os asiáticos, os latinos, os gays, as lésbicas, os travesti, os ateus, os hare-cristinas, os budistas, e muitos outros, são distorcidas de forma tão indigna que todas essas projeções apenas refletem a maldade daqueles que as elaboram.

As imagens distorcidas só tornam um mundo num palco de disputas étnicas, religiosas e políticas, beirando à uma guerra mundial, onde o amor ao próximo e a paz a todos os homens, como muitos pregam, permanecem apenas em papiros da antiguidade, escritos em língua morta.

Como disse muito bem meu querido Tolkien, nem todo ouro fulgura, nem todo vagante é vagabundo. Nem todo ser humano é o que parece ser, nem é o que disseram ser.

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