Posso afirmar praticamente que meus textos possuem dois públicos alvos. Certamente o primeiro consiste nas pessoas que, como eu, reconhecem em si algo de diferente, algo que no fundo sabe o que significa, mas que ao mesmo tempo traz confusão, algo que parece ser mais forte que si e que por mais que esconda, constantemente vem à tona; nas pessoas que para serem “bem vistas” na sociedade falsificam toda a sua existência. O segundo público é aquele que engloba todas as pessoas próximas a mim, como família, amigos e até mesmo (ex) líderes que com os quais não tive oportunidade de expor o que aqui escrevo sem que antes me censurassem, sem que antes se portem com fanatismo.
Pois bem, trata-se de textos cujo objetivo é secundarmente a persuasão, porém, primeiramente de expor uma verdade que até então permaneceu em oculto. À estas verdades muitos, senão a maioria, se portam totalmente austeros e contra, como se o que eu fosse dizer iniciasse um processo que traria ruína à seus sistemas. Ao passo que por outro lado vejo à cada dia novas pessoas expondo à mim suas lutas, que se assemelham às minhas, usando como inspiração estas linhas.
Talvez alguém posso questionar a minha dignidade ao me servir de exemplo à outros, afirmando que por um lado eu possuo êxito nessa campanha, por outro lado, destruo as famílias e as amizades. Eventualmente, hei de confessar, que essas relações são de fato abaladas quando alguém se assume quem realmente é, contudo, esta não é a intenção. O que pretendo é contar minha própria história e deixar que ela por si só exponha a verdade à outros, consolando-os ou irritando-os.
Considero bem sucedida minha postura ao ver pessoas, mesmo que não publicamente, se assumindo, libertando-se dos antigos vícios que lhes foram impostos, seja pela família, pela sociedade ou pela religião. O sucesso de minha persuasão, de que ninguém pode reclamar pois da mesma forma assim procedem, atinge sua completude quando além de se assumirem, passam a batalhar por si mesmas.
Quanto aos méritos, creio que não podem ser direcionados à mim ou à minha “influência”, mas à pura vontade e coragem daquele que como eu não suportou mais a esquizofrenia de ser alguém e viver como se fosse totalmente oposto.
Como talvez diria um teólogo da libertação: sofres com os poucos, com a minoria oprimida.
Saiba que estamos aqui, se precisar. Suas palavras são fortes, porém, vejo verdade nelas. Penso que o mais importante é ser você mesmo e " quem segue melhor rumo... segredinho!!!
Abraços fortes!
Jonathan
Ps. Vê se aparece seu canalha!!!!
Obrigado pelas palavras consoladoras...
E acrescento: Talvez agora entenda minha misteriosa aproximação com a teologia da libertação...
Aparecerei... me esperem!
Abraços enormes