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Do lugar místico

Cachoeiro de Itapemirim, 09 de Outubro de 2010

(Stonehenge - Mystic Place)

Alguns lugares nos tornam místicos. Até o mais ateu reconhecerá que existem lugares que despertam nossa sensibilidade para algo que nos foge da razão. Eu tenho o meu. Não é qualquer lugar, é o meu lugar. Meu refúgio de mística e espanto.

Este lugar me conhece bem! Ele lugar com a vista para a cidade já assistiu as maiores crises que um jovem pode ter. Com sua vista privilegiada, com as árvores aos seus pés, com os pássaros acima de sua cabeça, com as nuvens dançantes no mais longe donde a vista pode alcançar meu lugar já me abrigou durante muitas tempestades. Durante dias revoltos e noites confusas, me abriguei no meu mirante.

Neste lugar já me senti perto de Deus e longe dos pecados. Este lugar que depois de muito tempo retorno, já me fez sentir o ser mais insignificante do planeta; e também me fez sentir o homem mais feliz do mundo. Neste lugar chorei as chagas da infelicidade familiar. Neste lugar me fechei na solidão de uma pessoa que não é compreendida. Neste lugar me senti esperançoso. Neste lugar me desesperei. Neste lugar quis morrer. Neste lugar quis viver.

Sim, este lugar me é místico.

Por uns momentos, neste lugar, sinto que as coisas fazem sentido, e que não são tão caóticas quanto parecem. Por uns momentos não preciso mais de ninguém. Por uns momentos contemplo o canto do universo que ecoa ao meu redor. Por uns momentos, estar completamente sozinho é bom. Por alguns instantes rio de algo sem sentido. Por ínfimo que seja, por uns momentos descanso em mim mesmo.

Neste momento em que o Sol morre, o vento é brisa gélida e as gaivotas voam em retorno aos seus lares, posso morrer que tudo terá feito sentido. Posso morrer em mística.

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