Guarapari, 01 de Janeiro de 2011
(A história de Majnun e Laila - Nizami)
“Só o homem pode conhecer a dor de ter algo de que não precisa e ao mesmo tempo em que precisa de algo que não possui.” (Nizami, poeta persa)
Feliz 2011! Ou para aqueles não tão satisfeitos e não afortunados um apenas... 2011! Para muitos o ano começa com o pé direito, mas para outros tantos, começa num pé esquerdo. O meu... não considero um feliz 2011, apenas um 2011.
Talvez podem não entender minha dor, mas como disse o poeta – autor de conto Laila e Majnun – apenas o homem que sofre por não ter o que precisa, ao mesmo tempo em que tem o que não precisa, me entenderá.
Dor... apenas a simples dor!
Tenha fome e apenas pedras para comer e entenderá do que falo. Sinta frio e tenha apenas um cobertor de gelo para se aquecer e se aproximará do meu sentimento. Agora... Tenha todas as esperanças, todos os sonhos, todo o vigor que um novo ano traz, e não tenha a pessoa que mais ama do seu lado para compartilhar tudo isso, e finalmente entenderá a dor que sinto; a dor chamada saudade.
Tenho muito do que não preciso, e nada do que realmente preciso. Tenho praia, tenho sol, tenho belas paisagens, tenho roupas, tenho dinheiro, tenho um apartamento de oitavo andar virado para praia... Mas do que adianta se falta o sorriso despreocupado dele, os olhares confiantes dele, o abraço apertado dele, o ombro consolador dele, o beijo quente dele, o carinho apaixonado dele, o “eu te amo” dele... Do que me adianta tudo, se me falta ele?
Por isso, não é um Feliz 2011! é apenas um 2011!
2011 à vocês...