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Do ocultamento

Niterói, 04 de abril de 2010


"Passei a gostar da privacidade, com o tempo. Parece a única coisa capaz de transformar a vida moderna em algo misterioso, maravilhoso, para nós. A coisa mais comum, se a escondemos, torna-se deliciosa. Hoje em dia, quando saio da cidade, não digo à minha gente aonde vou. Se o dissesse, perderia todo meu prazer. É um hábito bobo, eu diria, que, de alguma forma, parece acrescentar, à vida das pessoas, uma boa dose de romance." (O retrato de Dorian Gray)

Ah, o escondido... Sempre mais gostoso! Alguém haverá de discordar? Aquela adrenalina, aquele suor gelado, aquelas mãos molhadas, aquelas pupilas dilatas, aquele coração em taquicardia, aquela olhada para trás: "vem gente?". Como não dizer que tudo isso deixa as coisas mais... gostosas?! É o espírito de adrenalina. O esporte radical. É o escondido!

O prepotente talvez leria minhas palavras com conotações sexuais, o que não é o objetivo - apesar de exalarem um pouco de carnalidade sim -, mas refiro-me à SURPRESA. O elemento surpresa deixa todos boquiabertos, estupefato, com olhos esbugalhados. Porém, justamente ele que produz um renovo na monotonia da existência. Pensaria diferente alguém que ganha um presente sem estar comemorando   aniversário? Ou a pessoa amada que é convidada para um belo jantar no meio da semana? Ou o casal que prepõe novas "brincadeirinhas" entre quatro paredes?

Viva a surpresa... Viva o romance!

1 Comment:

  1. Raither Filipe said...
    O que obviamente não presta sempre me interessou muito.

    (C. Lispector)

    leia-se esse "nao presta" entre aspas e ponto!

    rsrs

    thó

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