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Da mesquinharia

Cachoeiro de Itapemirim, 05 de agosto de 2010


Impressionante o fato dos seres humanos serem tão mesquinhos! O mundo que nos cerca é suficiente para nos fazer esquecer que a matéria nada mais é do que materialidade. Não pense que a partir de agora afirmarei uma doutrina platônica, onde o real sentido da existência se encontre num mundo metafísico. Pelo contrário, o sentido de tudo se encontra neste mundo, e restrito a ele. No entanto, esse sentido não se está nos objetos, mas no próprio Homem. Por isso, volto a afirmar que no presente estado da história mundial, o homem se tornou mesquinho!

Em vez de o ser humano ser a medida de todas as coisas, e por isso detentor de todos os sentidos de existência, transferiram para os objetos inanimados a medida de todas as coisas. A moral é moral do mais rico. A ética é a ética do orgulho do sucesso financeiro. O homem serve ao que é externo a si, em vez do externo servir a si mesmo. Esqueceram que um objeto é um simples objeto, e que a importância que ele possui, nós é quem o conferimos. Esqueceram que carro é meio de transporte, e que dinheiro é simplesmente um papel. Não há problemas com padrões de sucesso financeiro, ou com o uso que fazemos dos objetos, mas existem problemas quando se esquece de que esses padrões o ser humano é quem os cria. Parece que tudo a volta deixou de ser tais como são, para tornarem algo superior.

Como conseqüência, o próprio homem é banalizado. Sai do centro de formação dos conceitos para se tornar produto desses conceitos. O ser mais fantástico de toda natureza perde lugar para suas próprias criações. Esquece quem é a causa e quem é a consequência. Tornamo-nos mesquinhos: não somos seres humanos, somos o que temos enquanto seres humanos.

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