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Da polêmica televisiva III

Cachoeiro de Itapemirim, 02 de agosto de 2010


Este foi então o picadeiro do Superpop. Ambos os lados discutiram e colocaram suas opiniões, para assim terminarem em aporia, ou seja, não chegando a nenhuma conclusão ou acordo. Sendo assim, como prometido, esse post é o meu parecer sobre essas questões levantadas pelos inclusivos.

Em primeiro lugar, admiro muito a iniciativa da ICC de trabalhar com o público LGBT. Levar amor, aceitação, carinho às pessoas mais que machucadas emocionalmente é um ato louvável; ato este que devolve a dignidade às pessoas. No entanto, como a maioria das instituições religiosas, a ICC não deixa de ser um lugar de alienação de fiéis. Eles realizam uma leitura confessional da bíblia que quase todo o resto da cristandade considera absurdo. Porém, não só ela, mas quase todas as igrejas lêem a bíblia segundo sua própria ótica, a ótica que convém: seja ela da libertação, da prosperidade, do livre arbítrio, da predestinação, da inclusão e etc. Sendo assim, o estudo sistemático da bíblia é comprometido pela confessionalidade, que aliena as pessoas. Além disso, a ICC possui suas doutrinas, dogmas e “pode-não-pode”, que me dá ânsia de vômito.

Com relação ao “nascer gay”, posso dizer - por experiência – que desde muito cedo o indivíduo se percebe gay. Por conta de nossa memória consciente só conseguir se remontar aos 4 anos de idade, não posso afirmar se alguém nasce gay com total certeza, porém, existem estudos que dizem existir grande probabilidade de uma pessoa já nascer com sua sexualidade definida. Contudo, tratarei disso na próxima postagem.

Existe sim homofobia na igreja. O discurso – falacioso? – é que todos podem estar na igreja, que a igreja, como corpo de cristo, a todos quer abraçar. No entanto, isso não é realidade, já que quando um gay assumido entra na congregação, ele é bombardeado de olhares inquisitivos, ou o que é pior, com olhares de pena – como se essa pessoa não fosse um ser humano. Por mais que digam, não existe lugar para um gay numa igreja “normal”. Muitos irão falar que existe sim, lugar para gays, mas gays que querem mudar. Contudo, a questão é que estes muitos que confusamente querem mudar, dentro da igreja são tratados como doentes. O que não posso deixar de observar é que cada igreja possui seus dogmas e suas crenças, e só deve ficar nela quem quiser se submeter a esse jugo.

Ao bom observador, não é surpresa que a igreja nunca pregou liberdade. Ela sim, pregou liberdade no sentido platônico – liberdade num mundo metafísico –, mas nunca no âmbito terreno, á exceção da corrente da libertação. Além disso, ela é difusora da intolerância religiosa e da homofobia, mesmo que isso esteja mascarado pela assertiva de que isso é bíblico.

Seja a ICC ou as igrejas normais, a realidade religiosa não muda, pois no fundo, é tudo farinha do mesmo saco. Eu, em nenhuma vou...

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